Nem todos os pacientes com Doença de Parkinson são candidatos ideais para procedimentos como a Estimulação Cerebral Profunda (DBS). A seleção cuidadosa é fundamental para garantir os melhores resultados possíveis. Mas quais são os critérios utilizados pelos especialistas para identificar quem mais se beneficiará desses procedimentos?
O primeiro e mais importante critério é a resposta à levodopa, o principal medicamento para Parkinson. Pacientes que apresentam boa melhora com a medicação (mesmo que por períodos curtos) geralmente respondem melhor à cirurgia. Isso porque a DBS tende a melhorar os sintomas que respondem à levodopa, como tremor, rigidez e lentidão.
A idade é um fator considerado, mas não é limitante absoluto. Embora pacientes mais jovens tendam a ter menos complicações cirúrgicas, muitas pessoas acima dos 70 anos podem se beneficiar do procedimento, desde que tenham boa saúde geral.
A ausência de demência significativa é essencial, já que problemas cognitivos podem piorar após a cirurgia. Uma avaliação neuropsicológica detalhada é realizada para identificar potenciais contraindicações.
Problemas psiquiátricos graves, como depressão não controlada, transtorno bipolar ou psicose, também precisam ser estabilizados antes de considerar a cirurgia. A presença de um sistema de apoio familiar adequado é importante para o acompanhamento pós-operatório.
Exames de imagem cerebral são necessários para excluir outras condições neurológicas e planejar o procedimento. Finalmente, expectativas realistas sobre os resultados são fundamentais — a cirurgia não cura a doença, mas pode melhorar significativamente a qualidade de vida.
Você ou seu familiar com Parkinson está considerando opções cirúrgicas? Agende uma consulta para uma avaliação completa e discussão personalizada sobre sua adequação aos procedimentos de neurocirurgia funcional.