A distonia focal — caracterizada por contrações musculares involuntárias afetando uma área específica do corpo — é frequentemente mal compreendida, e isso se estende às opções cirúrgicas disponíveis. Vamos esclarecer alguns mitos e verdades sobre esses tratamentos:
❌ Mito: “A cirurgia para distonia é apenas para casos extremos ou terminais.”
✅ Verdade: Embora geralmente seja considerada após falha dos tratamentos convencionais (medicamentos e toxina botulínica), a intervenção cirúrgica não é um “último recurso” reservado apenas para os casos mais severos. Pacientes com impacto significativo na qualidade de vida podem ser considerados candidatos, mesmo que a distonia não seja extremamente grave.
❌ Mito: “Os resultados são imediatos após a cirurgia.”
✅ Verdade: Diferente do tratamento de tremor ou Parkinson, os efeitos da Estimulação Cerebral Profunda (DBS) na distonia geralmente se desenvolvem gradualmente. A melhora máxima pode levar meses para se manifestar completamente, exigindo ajustes periódicos dos parâmetros de estimulação.
❌ Mito: “A cirurgia cura permanentemente a distonia.”
✅ Verdade: A DBS é um tratamento, não uma cura. Ela controla os sintomas enquanto o sistema está funcionando corretamente, mas a condição subjacente permanece. Alguns pacientes podem experimentar benefícios residuais mesmo quando o sistema está temporariamente desligado.
❌ Mito: “Todos os tipos de distonia respondem igualmente bem à cirurgia.”
✅ Verdade: Distonias genéticas (como DYT-1) e distonias cervicais (torcicolo) geralmente respondem melhor à DBS do que distonias secundárias (causadas por lesões cerebrais) ou distonias psicogênicas.
❌ Mito: “A idade avançada impede a realização da cirurgia.”
✅ Verdade: Embora a idade seja considerada, não há um limite etário rígido. A decisão baseia-se na saúde geral do paciente e na ausência de contraindicações.
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