Após a implantação de um sistema de Estimulação Cerebral Profunda (DBS) para condições como Doença de Parkinson, tremor essencial ou distonia, inicia-se uma fase igualmente importante: o ajuste do estimulador. Esta programação personalizada é fundamental para maximizar os benefícios e minimizar os efeitos colaterais.
O processo de ajuste, também chamado de programação, é realizado por um neurologista especializado, utilizando um computador que se comunica com o dispositivo implantado através de um programador sem fio. Durante as sessões, diversos parâmetros são testados, incluindo quais contatos do eletrodo serão ativados, a intensidade da corrente elétrica, a frequência e a largura dos pulsos.
Imagine o ajuste como a sintonia fina de um instrumento musical — pequenas alterações podem fazer grande diferença no resultado final. Os primeiros ajustes geralmente ocorrem algumas semanas após a cirurgia, quando o inchaço cerebral inicial diminuiu. Durante este período inicial, são necessárias consultas mais frequentes, geralmente a cada 2 a 4 semanas.
Os sistemas modernos de DBS oferecem recursos avançados como:
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Estimulação direcional, que permite direcionar a corrente elétrica com precisão ainda maior;
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Capacidade de detecção e registro da atividade cerebral, possibilitando ajustes baseados nos sinais cerebrais do próprio paciente.
A participação ativa do paciente é essencial neste processo. É importante relatar detalhadamente os efeitos da estimulação, tanto positivos quanto negativos. Com o tempo, a maioria dos pacientes aprende a reconhecer sinais de que um ajuste pode ser necessário, como o retorno gradual dos sintomas ou o aparecimento de efeitos colaterais.
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